De volta prá casa

1º plano: esquerda para direita: Ique, Luca, Vitor, Guilherme e Yan | Em pé: Lucas, Bil, Sherman, Ricardo, Casara, Felipe, Gabriel, Nicolas e Marcelo Dino Fonseca “nosso” PEIXINHO para sempre (lá atrás, no fundo)

Recebi uma notícia que “bambeou” minhas pernas, faltou o chão, descarrilhou a respiração. Meu filho Guilherme perdeu um amigo de escola: Marcelo Dino Fonseca de Castro e Costa ― o Peixinho. Sorriso largo e sonoro, amigo e companheiro.

O 9º ano está em choque. Assim como meus filhos Guilherme e Henrique, sentido a dor da perda e da saudade que nunca vai passar.

Gostaria de expressar meu sentimento em relação à mãe, à família e aos amigos e família Marista, mas acredite está sendo muito difícil amenizar esta dor.

Como um rio caudaloso a vida vai passando e às vezes nos deixamos levar. Uns vêem outros vão centenas de amigos queridos.

Brasil em campo, 6 e pouco da manhã: concentração total para uma “batida de falta” | Jogos Olímpicos – Pequim 2008

Idas e vindas, partidas e chegadas… seria uma maneira banal de falar sobre a vida. Desse jeito é muito simples e tem que ser diferente.

Ninguém pode passar por aqui disfarçado, despercebido… porque é impossível não reconhecer “UM AMIGO” (leia-se Peixinho), se contagiar com seu sorriso, de brincar, rir a toa…

Aprendi ao longo do tempo e acredito (firmemente) que “longe é um lugar que não existe”.

Estivemos e estaremos sempre juntos na verdade pela descoberta da vida.

O nosso presentinho (a vida!) estamos compartilhando, sempre, mesmo não nos vendo.

Para a amizade não há barreira de tempo, nem de espaço, ideologia, posição social ou raça. Existe. Ela apenas existe.

Marcelo Dino | Peixinho

Peixinho, 18 de março marcou sua volta entre nós, estes anos foram de alegria, aprendizado e troca. Hoje, dia 14 de fevereiro, cumprida sua tarefa neste planeta é chegada a hora de voltar pra casa.

Por enquanto, nós vamos ficar aqui, e como diria Renato Russo:

mudaram as estações, nada mudou
mas eu sei que alguma coisa aconteceu
tá tudo assim tão diferente

se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
que tudo era pra sempre
sem saber, que o pra sempre, sempre acaba

mesmo com tantos motivos
pra deixar tudo como está
nem desistir, nem tentar agora tanto faz
estamos indo de volta pra casa

Podem os quilômetros separar-nos realmente dos amigos?

Agora, nem desistir nem tentar: “você está indo de volta prá casa”, onde todos iremos um dia.

Pode esperar, Peixinho… Vai guardando nosso lugar, tá?

Enquanto isso: voe livre e feliz além do tempo e através do espaço.

Haveremos de nos encontrar no meio da única comemoração que não pode jamais terminar: a vida!

P.S.: O Peixinho gostava desta música Pais e Filhos do Legião Urbana, por isso:

“… dorme agora: é só o vento lá fora

é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã

porque se você parar prá pensar

na verdade não há…”